Desatino natureza
- Luciano Lopes
- 1 de ago. de 2019
- 1 min de leitura

Quero adubar minha terra com água
do pântano e medir meus pés nas
pedras do riacho.
Vou beber a terra
e arrotar gotas d’água no ar.
Vou engolir sempre-vivas
para semear montanhas.
Ventos passam por mim
balançando minhas cortinas.
Do alto da nuvem, sonhei ser a janela dos alecrins.
O horizonte forma pirâmides de árvores
e no ventre da Terra se formam
cascatas de flores de angu.
E lá vou eu, com fome de pedras
e devaneios em luz.
Se piso forte, chego com sorte.
E chego.
Meu destino é um céu de sapos sorridentes.
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