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Gisele, rock e sustentabilidade

Atualizado: 30 de jan. de 2022


Eu estava em casa na noite de abertura do Rock in Rio VII, em setembro de 2017. Deitado no sofá, assistia pela TV a modelo e ativista ambiental Gisele Bündchen fazer seu discurso, que abria o evento, para depois chamar a cantora Ivete Sangalo ao palco. Na sequência, Gisele então cantou alguns trechos de “Imagine”, clássico do ex-beatle John Lennon, com Ivete. A cena me causou muita estranheza.


Três anos se passaram. É sábado, meu dia de folga e leitura, e estou esparramado no sofá. Faz frio. Nas minhas mãos, o livro “Aprendizados”, lançado pela editora Best Seller e escrito por Gisele, em que conta sua caminhada rumo a uma vida com mais significado.


Avanço as páginas e ela me conta sobre a infância em meio à natureza, as agruras de viver sozinha em outros países trabalhando muito e ganhando pouco. Alguns parágrafos à frente, chego à parte em que ela relata como foi participar do Rock in Rio. E aí percebo que nem sequer prestei atenção ao que Gisele disse no discurso de abertura do evento. A minha estranheza acabou ali - o que ela disse era coerente com a forma como vivia.


Gisele acorda 5h da manhã, faz ioga e meditação, cultiva horta orgânica em casa e o seu marido e filhos ajudam a cuidar dos alimentos. Ela foi até à Amazônia conhecer a realidade indígena e se transformou em uma das principais vozes na luta contra a abertura da uma reserva ambiental para a atividade minerária na região.

Com o pai, abriu uma ONG em Horizontina (RS), sua cidade natal, e criou o "Projeto Água Limpa", que atua na recuperação de rios da região. Gisele não fecha contratos com empresas ou marcas sem preocupação ambiental e adotou um hábito que deveria ser comum a todo ser humano: agradecer por cada lição, por cada momento de vida no planeta.


Ela é ativista ambiental de verdade – sem aspas. É consciente quanto às suas ações e quer ser lembrada como alguém que contribuiu para o mundo ser um lugar com mais qualidade de vida, amor, com respeito à natureza e ao próximo. Tem coisa mais rock que isso?





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