Mudar, um verbo para conjugar sempre
- Luciano Lopes
- 9 de jun. de 2020
- 2 min de leitura

Mudar é um verbo de sentidos. A gente sente quando ele chega e toma as rédeas de nossa vida. Aparece de mansinho, para nos lembrar que é hora de transformação, até que o som de sua pisada ganha uma força tão estridente que a alma automaticamente se entrega. Mudar é preciso e urgente.
Começa com uma vontade até se tornar uma libertação necessária. Quando adiamos a conjugação, parte de nós se oprime. Até sentimentos negativos se aproveitam disso - e a gente começa a encolher. Sabe aquele sensação de que você está sentado em uma cadeira, no meio de um quarto sem móveis, e as paredes começam a vir em sua direção, diminuindo o espaço até lhe deixar ofegante e tenso? É isso que a falta de mudança provoca: ventilação entrecortada, a vida vira poesia de um verso só, repetido sem rima.
Você quer mudar quando um relacionamento te sufoca, quando não te permite mais ser quem é ou quando os planos de cada um não incluem o outro. Você quer mudar quando sua casa não é mais suficiente para guardar a sua felicidade ou quando fica pequena demais para compartilhar as presenças, as coisas e as lembranças. Você quer mudar simplesmente porque renovar a própria vida é um direito seu.
Mudar, um verbo tão imenso no significado que às vezes nem damos conta de que ele é intrínseco às nossas vontades. Nossa vida é cheia de pequenas mudanças. Cada escolha é uma mudança e deve ser feita com muito cuidado. A experiência é um veículo que dirigimos por caminhos que não conhecemos, mas que podem nos levar a lugares que nos farão pessoas melhores. Mudar é a bússola de nossas experiências.
Permita-se mudar. Permita-se experimentar. Permita-se renovar. O sol que nasce todas as manhãs é testemunha das oportunidades inéditas que se desdobram em nossos caminhos. Você tem força suficiente para empurrar as paredes que apertam suas escolhas para longe. Inspire e expire, a plenos pulmões, o ar que almeja. Quando você muda para melhor, o universo te acompanha. E celebra.
Que toda vez que você disser "eu quero, preciso e vou mudar", o horizonte lhe mostre que um futuro mais que perfeito também é cura para pretéritos imperfeitos.
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